CÊPA VÉLHA 2018 - PRIMEIRA MARCA DE ALVARINHO REVISITADA




A Alvarinho é a casta mais nobre da região dos Vinhos Verdes, talvez mesmo a mais famosa casta branca de Portugal. Dentro desta vasta região, a Alvarinho encontra o seu espaço de eleição numa faixa de território que vai desde a margem sul do rio Minho subindo até metade da encosta da cadeia montanhosa que lhe faz frente. Corresponde à sub-região Monção e Melgaço. É aí que encontra as condições ideias, naturais (tipo de solo, clima) e humanas (forma de cultivo, condução de videiras), para o seu desenvolvimento perfeito.
O Cêpa Vélha não entra actualmente no rol das principais marcas de Alvarinho, não sendo uma das que surge mediaticamente como das melhores e mais conhecidas, provadas, fotografadas, comentadas nas redes sociais... Porém, fica na história da vitivinicultura portuguesa por ter sido a 1ª marca de vinho Alvarinho a ser comercializada no inicio dos anos 40 do século passado. E muitas das vezes encontramos boas surpresas fora deste círculo. Como me parece ser este o caso.
É um Alvarinho diferente na cor, aromas e paladar. Não quero com isto dizer que é melhor ou que é pior. Diferente. A cor é ligeiramente mais fechada do que o normal, amarelo-palha, menos citrina e translúcida. Talvez esteja relacionada com a fermentação que, segundo o produtor, acontece desde sempre em cubas ou toneis de madeira. Nariz algo pesado ou fechado, pouco exuberante abrindo com a oxigenação, as típicas notas florais e citrinas não são as mais notórias, mas apresenta em alternativa curiosas e fantásticas notas de marmelo, maça reineta, biscoito. Boca com enorme acidez e frescura, algo atabalhoado, ainda à procura de equilíbrio. Deverá evoluir positivamente por mais uns 5 ou 10 anos, sendo, de resto, normal nesta casta. Gostei pela originalidade e carácter seco, acídulo e algo rústico do mesmo.
(13º/16Pts/6,70€Pvp)

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